terça-feira, 3 de julho de 2012

Pela culatra

Pode sair pela culatra o tiro dado na democracia paraguaia, patrocinado pela presidenta argentina — la viuda de Kirchner — e bobamente encampado por Dilma, Lula e pelo Itamaraty. Nunca antes na história dessepaiz a incompetência galgou cargos tão altos em Brasília.

Abaixo, algumas notas na mídia:

Livre comércio com EUA é opção para o Paraguai

O governo brasileiro agora está preocupado com as conseqüências de sua barbeiragem, ao colaborar na suspensão do vizinho estratégico Paraguai do Mercosul. É que o troco paraguaio pode ser devastador para o futuro do próprio Mercosul: correr para o abraço, assinando com os Estados Unidos um acordo de livre comércio. Assinar esse acordo é um velho sonho paraguaio que conta com a simpatia norte-americana.

Vaso quebrado

O Brasil vai tentar juntar os cacos e impedir o acordo de livre comércio com os EUA, que inviabilizaria o retorno do Paraguai ao Mercosul.

Dividir para reinar

O interesse dos EUA não é conquistar o mercado paraguaio para os seus produtos, mas concretizar o antigo projeto de dividir o Mercosul.

Só falta enterrar

Medidas protecionistas dos países-membros inviabilizaram o Mercosul como “mercado comum”. Foi reduzido a projeto de união aduaneira.

Bem feito

A entrada no Mercosul “Será prejudicial à Venezuela”, segundo a maioria dos votos na enquete do El Universal, o maior jornal do país.

Toda essa trapalhada, espera-se, ajude a detonar com esse arremedo de mercado comum. Aliás, como está claro acima, de mercado o Mercosul não tem nada — nem mesmo a semelhança com uma feirinha de bairro.

E Dilma teve o despautério de dizer que "a entrada da Venezuela foi por puro pragmatismo." Se foi, estava regado a 51.

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